domingo, 30 de setembro de 2007

Receita infalível para virar incompetente

Uma das melhores notícias para a educação brasileira é a crescente sofisticação dos exames para entrar nas faculdades, exigindo mais reflexão e menos decoreba. Deve-se comemorar a mudança porque, afinal, os ensinos médio e até fundamental passam a estimular cada vez mais um currículo centrado na visão crítica do aluno e em sua capacidade de associar idéias e informações, conectadas a questões concretas.

A USP acaba de divulgar sua intenção de fazer vestibulares seriados; ou seja, o estudante vai enfrentar três provas, uma ao fim de cada ano do ensino médio. Mais uma vez, se cobrará reflexão, o que exige formação geral. É o fim da mediocridade dos cursinhos e dos professores que ensinam matérias sem nenhuma ligação com outras matérias e, muito menos, com o cotidiano.

O que está em jogo não é fazer bons alunos, mas bons profissionais, capazes de sobreviver num mundo de inovações cada vez mais velozes e no qual se demanda a habilidade da auto-aprendizagem. O problema é que, muitas vezes, os professores estão longe, muito longe, do mercado do trabalho, e ficam ensinando coisas inúteis; seu poder deriva não da relevância do que ensinam, mas da nota e do vestibular.

Os novos vestibulares estão desmontando esse poder. O papel do professor deve ser o de gerenciador de curiosidades. Até porque todo o conhecimento disponível já está na internet.

Empanturrar a criança e o jovem com informações sem contextualização e, pior, sem que os alunos sejam protagonistas, é uma fórmula infalível para produzir, no presente, um ser humano infeliz diante dos prazeres da descoberta intelectual e, no futuro, um trabalhador incompetente. Ou um desempregado.

Gilberto Dimenstein - folha online.

BRASIL TEM MENOR GASTO EM EDUCAÇÃO DE 34 PAÍZES

O Brasil é o que menos gasta com educação dos 34 países analisados por um estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado nesta terça-feira.

O Brasil é o que apresenta o menor investimento por estudante (desde o primário até a universidade), gastando em média US$ 1.303 por ano (cerca de R$ 2.488).

Os 30 países da OCDE gastam, em média, US$ 7.527 (R$ 14.376), e no país que mais gasta em educação, Luxemburgo, este valor chega a US$ 13.458 (R$ 25.705). No Chile, o único outro país sul-americano incluído no estudo, o gasto total é de US$ 2.864 (R$ 5.470).

Universidades

O Brasil também é o país que apresenta o maior nível de diferença entre os gastos por estudante no ensino fundamental e secundário, em comparação com os estudantes universitários.

Enquanto o País gasta US$ 1.159 (R$ 2.213) em estudantes primários (à frente apenas da Turquia, que gasta US$ 1.120, o equivalente a R$ 2.139) e US$ 1.033 (R$ 1.973) em estudantes do ginásio e segundo grau (o mais baixo), os gastos com estudantes universitários chegam a US$ 9.019 (R$ 17.226) por estudante, ao ano.

Em média, os países da OCDE gastam apenas duas vezes mais na educação de estudantes universitários do que estudantes do primeiro e segundo grau. O gasto com os universitários no Brasil se compara ao de países como a Espanha e a Irlanda, e fica à frente da Itália, Nova Zelândia, México e Portugal, entre outros.

PIB

O total do PIB investido em educação chega a 3,9% no País, segundo o relatório da OCDE, ficando à frente apenas da Rússia (3,6%) e da Grécia (3,4%). De acordo com a OCDE, a porcentagem do PIB gasta em educação demonstra a prioridade que este país dá à educação em relação a outros gastos de seu orçamento.

Nos Estados Unidos, os gastos com educação correspondem a 7,4% do PIB, a maior proporção, e na Dinamarca e Luxemburgo, ele corresponde a 7,2%. Segundo o documento, todos os países analisados aumentaram o investimento em educação com o aumento dos gastos chegando a mais de 40% em comparação a 1995.

Mas os resultados deste investimento ainda não atingiram seu potencial total e, segundo analistas ouvidos pelo estudo, ainda pode crescer 22%. O relatório também conclui que quanto mais difundida a educação universitária em um país, mais próspera a economia e melhor o mercado de trabalho para os recém-formados.

O documento mostra ainda que as perspectivas de emprego para os profissionais menos qualificados não parecem ser prejudicadas pelo aumento do número de universitários e podem até melhorar.

Em todos os países avaliados, os profissionais com curso universitário ganham mais e encontram emprego mais facilmente do que os que não chegam à universidade.

BBC Brasil

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Práticas de Ensino: a importância do ensino de Filosofia na Escola.

Ensinar Filosofia no atual contexto do ensino brasileiro, constitui-se numa tarefa com um certo grau de pioneirismo, haja vista que após longo período longe da grade curricular da educação no país, a disciplina retorna hoje num cenário desprovido de parâmetros totalmente definidos e dependendo da criatividade e da persistência da classe educadora.
A Filosofia tem nesse contexto, o objetivo de desenvolver o pensamento crítico do cidadão, situá-lo dentro da sociedade e proporcionar-lhe uma nova visão de vida, além de desenvolver sua capacidade de argumentação e formação de conceitos, para isso o professor precisa adquirir habilidades e competências específicas necessárias para o bom desempenho de sua missão.
O desenvolvimento do ensino de Filosofia no Ensino Médio, tem o propósito de despertar no aluno o interêsse de se criar o hábito de pensar filosóficamente, reaprender a forma de ver o mundo, levantar as questões fundamentais que o cercam e estimulá-lo a sair do senso comum para se ter uma visão mais profunda sobre tudo, para isso acontecer será necessário orientá-lo através da "Sensibilização", passando pela "Problematização", a seguir pela "Investigação" e enfim pela "Conceituação", resultando na experiência fundamental do pensamento e permitindo assim a equação de um determinado problema. Levantar um problema existente, deve ser uma preocupação constante do professor, no sentido de despertar a consciência do aluno quanto às questões que afetam sua vida de uma forma ou de outra, sem a preocupação de responder tais questões mas sim de encaminhá-lo no sentido de dissolvê-las e encontrar um sentido para isso, dessa maneira estaremos formando pessoas capazes de refletir sobre tudo e tomar decisões mais seguras e construtivas.
Nesse processo, proporcionar-se-á a detecção dos pressupostos de uma boa argumentação, oferecer-se-á a oportunidade de reconstruir os argumentos apresentados nos textos estudados, permitirá confrontar teses filosóficas e estimulará a construção de juízos de valores, inserindo o indivíduo de forma mais legítima dentro da sociedade.
Certamente a missão que nos aguarda nessa "aventura" dentro dos limites do ensino da Filosofia, exigirá um esforço criativo do professor quanto a sua capacidade de improvisação e de adequação aos recursos encontrados, do perfil de cada turma, da realidade de cada comunidade, e isto fará com que seja improvável sonhar com uma aula pré concebida, pois as circunstâncias conduzirão cada tema por caminhos pertinentes a esses fatores, o importante é se ter em mente que se buscará formar um discurso que permita julgar, criticar e manifestar o pensamento do aluno a respeito de sua cidadania.
Seguramente há uma longa jornada pela frente do sistema de ensino brasileiro quanto a reintrodução dessa disciplina na grade currícular, porém não se deve perder de vista a importância dessa implementação como fator de mudança da realidade do país, do desenvolvimento da sociedade e da construção de um projeto de vida mais racional e justo para todos os brasileiros, passo fundamental para se promover o progresso, a cultura e resgatar a dignidade de todos os cidadãos.
(Equipe PhilosoFAI)

sábado, 8 de setembro de 2007

Thomaz Edson

Um exemplo de Otimismo foi demonstrado por thomas Edison, o gênio inventor e um inveterado Otimista, pela forma como reagiu a um aparente grande infortúnio.

Numa noite de 1914,seu laboratório, que valia mais de US$ 2 milhões na época e não estava no seguro, começou a se incendiar, com todos os preciosos registros de Edison em seu interior.

No auge do incêndio, enquanto os bombeiros tentavam apagar o fogo, charles, filho de Edison, freneticamente procurava o Pai, que tinha o hábito de trabalhar até tarde da noite. Aliviado, ele encontrou Edison fora do laboratório, fitando serenamente a cena.

O Semblante de seu pai refletia o brilho das chamas e seus cabelos grisalhos esvoaçavam ao sabor da leve brisa. Charles sentiu um aperto no coração vendo o pai, com 67 anos, testemunhar o trabalho de toda uma vida ser consumido pelas cinzas.

Após horas de silêncio. Edison disse a seu filho: "Existe um grande valor num desastre como este. Todos os nossos erros são queimados.

Graças a Deus e podemos começar tudo de novo". E Edison, de fato, começou de novo. Até o incêndio ele tinha passado três anos tentando inventar o toca discos. Três semanas após o desastre ele conseguiu.

(Autor desconhecido)

É preciso encontrar vantagens na adversidade, só assim podemos nos superar.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Leibniz

Leibniz
(1646 - 1716)

Filósofo, matemático, historiador, jurista, filólogo, teólogo Gottfried Wilhelm Leibniz, é um espírito verdadeiramente universal. Era natural da Saxónia, Alemanha. Filho de um professor de Filosofia Moral na Universidade de Leipzig. Estudou matemática em Iena e na Universidade de Altdorf jurisprudência. Ao 21 anos recusa uma cátedra na universidade, envolve-se numa organização semi-secreta (os Rosacruz), entra ao serviço do eleitor da Magúncia. Enviado a Paris numa missão diplomática, procurou influenciar Luis XIV par abandonar o projecto de combater a Holanda. Nesta cidade corresponde-se com figuras cimeiras da intelectualidade do tempo, como Galileu, Descartes e Hobbes. Viajou até Inglaterra onde discutiu com matemáticos do circulo de Isaac Newton. Em 1675 regressou à Alemanha, tornando-se bibliotecário do duque de Hannover. Contando com o apoio e a protecção da princesa de Hanover funda a Academia de Ciências da Prússia. Faleceu em Hannover.
A obra de Leibniz é muito diversificada, sendo-lhe atribuída a autoria de notáveis descobertas. Na matemática, por exemplo, junto com Newton, foi um dos inventores do cálculo infinitesimal. Inventou também uma máquina de calcular. Na física criou o conceito de energia cinética.
A filosofia de Leibniz estabelece uma ponte entre a filosofia renascentista e a iluminista, lançando as bases para os grandes sistemas da filosofia contemporânea.
A monadalogia ( do grego monas = unidade) exprime a concepção original de Leibniz sobre a natureza das coisas. "O universo é considerado uma ordenação de mónadas, isto é, de centros espirituais dinâmicos, em que se compenetram, misteriosamente, individualidade e substancialidade. Cada nómada é um espelho do mundo e, simultaneamente, uma criação original indestrutível, dotada de tendências ou mesmo de ação. O seu lugar na ordem hierárquica determina-se pelo grau de clareza e distinção com que consegue representar o universo" (F.Heinnemann). Deus é a mónada original, criador da infinidade das mónadas que compõem o mundo.
O conceito central da filosofia de Leibniz é a Harmonia Universal identificada com Deus. Vivemos, segundo Leibniz, no melhor dos mundos possíveis. Criado por Deus este só poderia ter escolhido o melhor entre todos os possíveis. O mal é uma carência ocasional e acidental e não existe por si próprio. Todos os seres aspiram à realização plena das suas potencialidades.
Em termos políticos, preconiza uma vasta comunidade internacional, que possa garantir a paz e a difusão do cristianismo.Nesse sentido procurou demonstrar a unidade fundamental de todas as línguas, assim como desenvolver uma linguagem universal, baseada num sistema binário que é usado nos nossos dias na informática. Foi um precursor da lógica simbólica contemporânea.
No direito defendeu uma concepção de direito natural fundamentada no próprio Deus.

Obras
Novos Ensaios Sobre o Entendimento Humano (1704), Ensaios de Teodiceia (1710),Novo Sistema da Natureza e da Comunicação das Substâncias, A Monadologia (1714), Princípios da Natureza e da Graça, Discurso da Metafísica, Meditações sobre o Conhecimento, A Verdade e as Ideias, Da Reforma da Filosofia Primeira, Da Origem Radical das Coisas.

origem: http://afilosofia.no.sapo.pt

Bento Spinosa

Bento Spinosa
(1632-1677)

Filosofo holandês. Filho de um mercador judeu português exilado em Amesterdão. Ainda muito jovem aprende hebraico e as línguas clássicas.Devido às suas ideias foi excomungado da Sinagoga, facto que lhe permitiu uma maior aproximação às ideias de pensadores cristãos como Descartes. Em 1656 é vítima de uma tentativa de assassinato. Para fugir às perseguições que era vítima foge para Leyden, depois para Rynsverg e finalmente para Haya, onde vive até à sua morte.

Filosofia
A sua filosofia funda-se numa concepção panteísta da realidade, na qual se identifica Deus com a Natureza. Para Espinosa só existe uma única substância ilimitada que se manifesta numa infinidade de forma e com infinitos atributos. Nega a imortalidade da alma e a natureza pessoal de Deus. Rejeitou o Livre-arbítrio, afirmando que a autodeterminação, isto é, agir em função da natureza de cada um, é a única liberdade possível. Esta concepção panteísta está bem patente nas suas concepções metafísicas, éticas e políticas.

origem: http://afilosofia.no.sapo.pt

SER FELIZ!

SER FELIZ!

Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode evitar que ela vá à falência.
Lembre-se sempre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter capacidade de dizer "eu te amo".
Faça da sua vida um canteiro de oportunidades:
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria,
Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria!
E, quando você errar o caminho, comece tudo de novo.Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida e descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas é usar as lágrimas para irrigar a tolerância, usar as perdas para refinar a paciência, usar as falhas para esculpir a serenidade, usar a dor para lapidar o prazer, usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, porque a vida é um espetáculo imperdível... "

(colaboração: João Ricardo de Carvalho-Teresina-PI.)

domingo, 2 de setembro de 2007

23/08/2007 - 18h51

Medo é um sentimento de origens primitivas, diz pesquisa

da Ansa

O sentimento de medo permite decidir se devemos enfrentar ou fugir de uma ameaça, a partir de um cálculo veloz que é feito na área do cérebro responsável pelos comportamentos primitivos, afirma uma pesquisa publicada na prestigiosa revista Science.

O estudo, conduzido pelo inglês Dean Mobbs da University College London, aponta que a região do cérebro que ativa o sentimento de medo é o córtex pré-frontal.

Se uma ameaça está distante, explicou Mobbs, esta região não é ativada; se ela se aproxima, ao contrário, a ressonância magnética aponta atividade nesta que é a região dos comportamentos primitivos, associados à sobrevivência, que inclui as respostas de fuga ou combate.

A mesma região é associada com os analgésicos naturais, produzidos pelo corpo para reagir ao pânico.

O estudo foi realizado com um grupo de voluntários, cuja atividade cerebral foi monitorada enquanto jogavam "Pac Man". O personagem devia fugir dos predadores - e se capturado, recebia um choque elétrico fraco. "Quando o nosso mecanismo de defesa não funciona bem, a conseqüência é a alteração da percepção de perigo, que aumenta a ansiedade e, em casos extremos, leva ao pânico", acrescentou o cientista.

Emoções: nada como recorrer a Sartre...

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