segunda-feira, 21 de abril de 2008

A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O NADA E ANGÚSTIA, SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE.

Autora: Maria Regina Ponte da Silva[1]

Este artigo faz parte de um dos capítulos da dissertação do mestrado Acadêmico em Filosofia da Universidade Estadual do Ceará apresentado para obtenção do título de mestre em Filosofia.


RESUMO

Nos momentos de crise existencial o homem pára, percebe que existe algo errado e passa a questionar suas limitações, consequentemente, ele é tomado pela consciência do Nada. O sentimento de angústia reporta a realidade de um ser inacabado, autor de sua vida, embora seja incapaz de construí-la com perfeição. O Nada é o oposto da plenitude do Ser, farol que indica a distância entre onde nos encontramos e onde gostaríamos de estar. Desta forma, a consciência aponta e define o homem como Nada em relação aos seus projetos e seu futuro, reclama insatisfação com o presente que vive e aspira o futuro que não tem, definindo-se e situando-se simplesmente como Nada que é e como Ser que gostaria de ser, mas ainda não é.

PALAVRAS-CHAVE: Intersubjetividade, angústia, medo, nada, liberdade, ser, ontologia.


A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O NADA E ANGÚSTIA, SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE.

O Nada na fenomenologia situa-se como dimensão referencial da situação de incompletude humana. É a fuga do Nada, do vazio que me impulsiona a fugir dele, que me projeta para a construção de atitudes no eterno movimento transcendente. Quando o homem aciona sua consciência interrogante esta se depara com o Nada, como pressuposto de seu projeto de ser. Se o homem é um ser limitado, se ele não encontra o seu porto seguro, isso se deve ao fato dele ser o oposto da plenitude do ser, se quiser sabermos quem é o homem, basta verificar esse ser que não o-é.

O ser não é recebido de fora, não se conserva por inércia, mas constrói-se a cada dia. Em verdade, Sartre pretende dissociar o discurso ideológico, funcional e interveniente nos planos da cultura contemporânea, para fundamentar a ontologia, desenvolvendo uma verdadeira “ontologia fenomenológica”. Para descrever esse arsenal teórico, nosso filósofo escreveu dentre outras obras o ensaio O Ser e o Nada. O foco principal desta obra é a questão do ser que reclama a constante transcendência em forma de consciência desejante e intencional (Para-si) ou seja, o homem enquanto se faz carência de ser um ser completo e satisfeito (Em-si).

O desvelamento do Nada encontra-se na intencionalidade da consciência, ela quer ser consciência de algo, e não consciência de nada. É por isso que a consciência pergunta e avalia. A atitude interrogativa da consciência coincide, de início, com o comportamento voltado para o não ser. Esse não ser traz o Nada através de processos interrogativos e negativos, já que o nada deriva da negação do ser. Conforme Sartre:

“Mas essa negação, vista de mais perto, remeteu-nos ao Nada como sua origem e fundamento: para que haja negação no mundo e, por conseguinte, possamos interrogar sobre o Ser, é necessário que o Nada se dê de alguma maneira[2].”

O não ser é a distância que define o conceito do Nada. O homem é, primeiramente, o Nada sentido por sua consciência, através da atitude interrogativa. Em seguida, a consciência reage intencionalmente em busca de ser o que ainda não é, realizando o movimento transcendental. Desta forma, a consciência se exterioriza em direção ao mundo. Ou seja, o Nada consiste no primeiro passo da identificação do homem que o direciona a fazer-se ao invés de ser. Onde a consciência começa, localiza-se o território do Nada, enquanto o homem não é, ou procura ser o que não é, na construção de sua própria essência. Com efeito, a existência precede a essência. Primeiro o homem existe como nada, posteriormente constrói passo a passo o esboço de sua vida, definindo a sua essência. Diferente da dimensão de vazio psicológico ou grau zero, essa fissura que é o Nada aparece como um ser que se dirige para frente, com um olhar investigador em direção ao futuro e concebe-se ontologicamente precedido pelo ser, porque ele não pode ser concebido fora do ser, mas está contido no mais íntimo do ser. “O nada não pode nadificar-se a não ser sobre o fundo de ser: se o Nada pode existir, não é antes ou depois do ser, nem de modo geral, fora do ser, mas no bojo do ser, em seu coração, como um verme”[3]. É por isso que a consciência pode determinar onde começa e onde termina a coisa de que ela é consciente.

Onde está o nada? Quem o faz surgir? Se o homem afeta-se a si mesmo de não-ser e é capaz de interrogar sobre o ser, isso é, pois, por definição, um processo humano. “Logo, o homem apresenta-se, ao menos neste caso, como um ser que faz surgir o Nada no mundo, na medida em que, com esse fim, afeta-se a si mesmo de não-ser.”[4]

Utilizando-se de conceitos abstratos, circunscreve-se o seguinte questionamento: o Nada é uma estrutura do real ou trata-se de uma recolocação metafísca?[5] Ele não é metafísico e sim subjetivo. A descrição das condutas humanas em Sartre revela o aparecimento do não ser, na sua origem e negação.

Sartre mostra como o juízo “Pedro não está aí” se assenta sobre a intuição do Nada, pois ele está ausente. Na ação de procurá-lo nadifico todo o resto como fundo ou como realidade percebida que não é Pedro, assim como a observar sua ausência nadifico a imagem de Pedro. Eis o não ser no mundo: a ausência como um “evento real”, e o negativo poderá se deduzir em toda a conduta humana.

Por isso, Sartre avalia a relação existente entre a ausência de alguém e o Nada.[6] Primeiramente, é preciso entender que a presença confere uma espécie de conexão entre as realidades humanas e é o fundamental pressuposto do caráter de ausência. Portanto, ausência é a necessidade da presença. “Estar ausente, para Pedro em relação a Tereza, é um modo particular de estar-lhe presente”[7]. Isso demonstra que o ser não está localizado em relação às distâncias longitudinais ou latitudinais, mas em qualquer movimento que eu faça sempre estarei delimitando minhas distâncias em relação ao outro-objeto. O outro sempre estará presente, declarando minha contingência objetal[8]. O que acontece quando a consciência capta a ausência? Posso sentir o outro através de minha consciência sem que, com efeito, ele esteja presente em forma de existência corpórea.

Uma das noções mais ricas do nada é a ausência. Vejamos um exemplo que Sartre resgata dos eventos comuns[9]. Eu tenho um encontro com Pedro no café às quatro. Eu chego à entrevista marcada com atraso de quinze minutos e Pedro, sempre muito pontual, não está lá. Terá esperado? “Há uma intuição da ausência de Pedro(…) e a ausência de Pedro é esse Nada”[10]. O bar com seus clientes, suas mesas, seus copos, sua atmosfera iluminada e esfumaçada, os ruídos e vozes, os passos constituem a plenitude de ser. A presença real de Pedro em um lugar desconhecido é também plenitude de ser. Mas o meu objetivo no bar é encontrar Pedro e todos os outros objetos assumem uma organização sintética de fundo sobre os quais Pedro deve aparecer. Essa organização do bar em fundo é uma primeira nadificação. Cada elemento inerente, pessoa, mesa, cadeira, tenta isolar-se na minha consciência sobre o fundo que constitui a totalidade dos outros objetos, e recai na indiferenciação desse fundo, diluindo-se nele. O fundo é objeto de uma atenção puramente marginal. Essa primeira nadificação de todas as formas que aparece como fundo é a condição necessária para a aparição de Pedro. Sou responsável pelo contínuo e sucessivo desvanecimento de todos os objetos do bar, em particular desse rostos que por um instante me retêm (“Será Pedro?”) e que se desvanecem em uma palavra “não”. Isso significa que Pedro está ausente em todo o bar na sua evanescência. O bar mantém-se como fundo. É Pedro que se destaca como nada sobre o fundo da nadificação do bar. Eu espero para ver Pedro e a ausência se apresenta como um evento real, uma relação primeira entre mim e o bar. Entre mim, Pedro e o bar, há uma relação com o ser, sem o qual a constituição da ausência é impossível. Por exemplo, quando observo “Wellington não está no bar” esta ausência não implica nadificação. Por que a falta de Pedro provoca nadificação e a de Wellington não? A partir do momento em que o encontro é acordado entre mim e Pedro, minha consciência se faz como espera. Essa consciência de espera só encontrará o seu pleno contentamento quando encontrar com Pedro às quatro horas. A espera é a tentativa de um equilíbrio entre a certeza absoluta de um lado e a total falta de certeza de outro. Se afirmo Pedro não vem, eis a morte da esperança. Essa consciência de crença é provisória e mantém seu prazo delimitado. Ela se prolonga na ausência se Pedro não está e não vem e na substituição se Pedro cumprir a promessa. Eis que Pedro não vem, agora a consciência da ausência interroga cada objeto do bar sobre a presença de Pedro e se estende no fundo, escapa a atenção dos outros para Pedro aparecer magicamente. E a consciência de crença conserva o Nada em regime de espera. As coisas parecem zombar da consciência enganada que substitui a consciência de espera. Eis como sou sem Pedro, pois antes de tudo Pedro ocupava o lugar principal. A ausência é uma maneira de substituir o presente. Essa fertilidade do conceito do nada apresenta-se como a dialética da presença e da ausência. E o ser esperado habita na consciência como lembrança.[11]

Para Sartre, o homem é um ser-no-mundo, considerado não de forma estática, mas pleno movimento em constante ascensão; primeiramente é apenas Nada e constitui sua formação diante desse nada que é, porque a priori ele é um ser indeterminado e por isso vive insaciavelmente à procura de sentido, valorizando cada experiência na edificação de sua vida. O Nada coloca o ser e a consciência em questão. E a realidade humana é contornada pela forma como o Nada aparece no mundo: a própria falta. O Nada é o fanal que está à frente, acenando a todos. Por ser vazio, ausência, indefinição, ele suscita em nós um misto de terror e desespero pelo mistério que encerra e pela possibilidade que temos de enfrentá-lo.[12] Com efeito, há um desejo de deixar de ser um nada. Esse desejo encontra-se inserido no ser da realidade humana, devido à sua incompletude e indeterminação. Conforme Sartre:

“A realidade humana é sofredora em seu ser, porque surge no ser como perpetuamente impregnada por uma totalidade que ela é, sem poder sê-la, já que, precisamente, não poderia alcançar o Em-si sem perder-se como Para-si.[13]”

É através dessa nadificação que o Para-si surge com o ímpeto de se tornar um Em-si. Esse é o fundamento do Para-si na perseguição do ser que ainda não é, de tal modo que o Para-si tenta realizar um Em-si, já que o ser é um ser-Em-si. Entretanto, o ser-Em-si e o ser-Para-si são incompatíveis (…)É impossível a síntese do Para-si com o Em-si [14]. Então o que somos? Uma infinidade de possibilidades, porque o sentido do Para-si é complexo e não pode ser contido em fórmula. Daí a angústia, na medida em que não sou suficientemente preparado para esse futuro que tenho-de-ser, restando-me apenas este ser de sentimentos em conflito.

Com efeito, esta é a característica da realidade humana[15]. Porém, esse desejo pode alterar-se e tornar-se frustração porque a condição de plenitude absoluta é inatingível. “Um nada que me isola, impede-me de sê-la, permite-me apenas julgar sê-la ou imaginar que a sou”[16]. Enquanto o ser-Em-si é o próprio ser farto de si, encerrado em sua plenitude e positividade, o Para-si é marcado pela negatividade do ainda não ser. Ele é o extremo desejo do Em-si porque ele ainda não é, ele é o Nada, querendo ser pleno e satisfeito. “Mas a consciência não se transcende rumo à sua nadificação, não almeja perder-se no Em-si da identidade no limite de seu transcender. É o Para-si enquanto tal que o Para-si reivindica o ser-Em-si”[17] .

A procura pelo sentido das coisas e da vida se efetiva em nosso âmago porque somos um ser-Para-si[18], ser que questiona, que indaga, que se impressiona com a realidade e com nossa subjetividade. O ser-Para-si é insatisfeito porque quer ultrapassar suas próprias fronteiras. Ele é algo que constrói a si mesmo. Atividade, indeterminação e incompletude definem nossa própria liberdade. Desta forma, o desejo de ser é alimentado por aquilo que é um Nada. “A realidade humana é, antes de tudo, seu próprio nada.”[19]. É por isso que o homem precisa do outro como o nada que cria condições para tornar-se livre, portanto, é carência, ausência e vazio.[20]

O Para-si nada mais é do que a pura relação com o Em-si. Enquanto o Em-si é plenitude absoluta, o Para-si é finitude, uma realidade humana que existe essencialmente como carência, desde a origem ligada ao que lhe falta por um nada.

Sartre denomina de ‘Circuito da ipseidade’ a relação do Para-si com o possível que ele é, é o movimento do Para-si em busca de sua transcendência, na medida em que o objetivo do homem é a própria projeção ao querer ser, em busca de uma unificação do Para-si com o Em-si, essa é a verdadeira natureza do Ego, da realidade humana. É desta forma que o homem percebe que é livre para escolher o projeto de sua vida.

Com efeito, o homem tenta segregar o nada, através de atitudes representativas como na má-fé (a suposta seriedade, a dissimulação), ou com outras posturas como a liberdade. Quando o homem se coloca fora do ser, à distância, constituindo-se como ser consciente em relação ao seu passado e se separando dele por um nada, tal procedimento é chamado por Sartre de liberdade. “A liberdade é o ser humano colocando seu passado fora do circuito e segregando seu próprio nada.”[21] Mas a liberdade sartriana não é dada como uma faculdade da alma concedida por uma subjetividade inata a ser descrita isoladamente. A liberdade não está inserida como propriedade da essência humana, mas é através dela que a essência humana se torna possível. Por isso, a liberdade não pode se diferenciar do ser da realidade humana. “A liberdade humana precede a essência do homem e torna-a possível: a essência do ser humano acha-se em suspenso na liberdade. Logo, aquilo que chamamos de liberdade não pode se diferenciar do ser da ‘realidade humana’.”[22]

Desta forma, o existir permanece eternamente no constante jogo que se submete o ser-Para-si, na fuga do Nada, coloca-se na projeçao de um alcance inatingivel do ser-Em-si.

Autora

Maria Regina Ponte da Silva

Graduada em Filosofia – UECE - 2001

Mestre em Ética - UECE – 2003

Dissertação: O Outro em O Ser e o Nada de Jean-Paul Sartre

Professora universitária – IESC, UVA, FAECE, FAFOR, UNICE.

Professora de Filosofia do Colégio Militar de Fortaleza.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ. Pró-reitoria de pós-graduação e pesquisa. Normas para organização, redação e apresentação de trabalhos científicos

[1] Prof. Ms em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará.

Atualmente ensina Filosofia nas Faculdades Particulares. (FAECE e FATECI)

[2] SARTRE, 2002: 64

[3] SARTRE, 2002: 64

[4] Idem, 66

[5] SARTRE, 2002: 47

[6] SARTRE, Jean Paul. O Ser e o Nada, p. 356

[7] Idem, 357

[8] Para ficar mais visível Sartre escreve em seus romances a descrição dos efeitos da ausência enquanto sentimento de presença imaginaria. “É isso que me espera? Pela primeira vez incomodava estar só. Gostaria de falar com alguém sobre o que está me acontecendo, antes que seja tarde demais.”A náusea, p. 24 ou ainda “Queria desviar meu pensamento de Anny, porque à força de imaginar seu corpo e seu rosto, caíra num extremo nervosismo: minhas mãos tremiam e arrepios gelados percorriam meu corpo. (SARTRE, Jean Paul. A náusea, p. 226)

[9] Cf. SARTRE, 2002: 50-51

[10] Idem, p. 50

[11] Cf. TROGO, Sebastião. Kriterion, Revista de filosofia: Le Problème d’Autrui,UFMG, n° 72, 1984 p. 85

[12] “O nada é algo como uma secreção do homem possibilitada pela consciência. O paradoxo da realidade humana lhe advém dessa singular unidade entre o ser e o nada; o homem é ser habitado pelo seu próprio nada, e que permanece em sua negatividade” BORNHEIM, 1971: 44

[13] SARTRE, 2002: 141

[14] SARTRE, 2002: 140-141

[15] O homem, como concebe Sartre, primeiramente não é nada, mas encontra-se lançado no meio do mundo. A realidade primeira é a sua existência, situação fática que ele descobre e assume conscientemente. Por isso, o existencialismo prega que “a existência precede a essência”, entretanto antes do homem estabelecer-se, ele surge, e descobre-se no mundo onde está inserido, ou seja, ele existe para definir-se. Com efeito, a essência do homem não é inata e sim algo que se estabelece a partir de sua existência.

[16] SARTRE: 2002: 107

[17] Idem, p. 140

[18] O para-si fundamenta-se a si como falta de ser: está determinado no seu ser por um ser que ainda não é. (JOLIVET. As doutrinas existencialistas, p. 204)

[19] SARTRE, 2002: 139

[20] A realidade humana não existe, portanto, senão como carência, não começa primeiro a existir para depois vir a ser falha disto ou daquilo; é essencialmente carência e, desde a origem, encontra-se sinteticamente ligada com o que lhe falta. (JOLIVET. As doutrinas esxistencialistas, p. 205)

[21] SARTRE, 2002: 72

[22] SARTRE, 2002: 68

4 comentários:

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